E assim acaba mais um Maria Lenk

11/05/2008 18:37

 

 

No último dia de eliminatórias Martins disputou os 100m Costas, marcando 58” e entrando em 8º para a final "A". Na final Henrique mantém a posição e sobe um pouco o tempo, 59"35, dois segundos acima so seu melhor.

Um breve balanço sobre os resultados...

Acho que antes de resumir uma competição alguns fatos devem ser colocados a mostra, não com o objetivos de dar desculpas, longe disso, mas em busca de analisar de uma forma mais segura todos esses resultados e um crescimento que vem acontecendo ao longo dos anos.

Julio Zanandré, segue um programa de mega ciclo, ou seja, não enxerga os nadadores para resultados no presente, buscando um trabalho para que o nadador chegue nas categorias mais velhas respondendo em seus melhores resultados. Não vamos aqui fantasiar que ambos (técnico e nadador) não queiram bons resultados em competições, pois são neles que se encontra boa parte da motivação para um bom e continue trabalho. Dessa forma os treinamentos seguem uma progressão a cada ano.

Todo início de ano, os atletas federados que disputam competições de alto nível, que fogem do batido calendário Paulista/Brasileiro fazem uma reunião com o técnico para decidirem em quais competições darão o pico, ou seja quais competições eles querem dar os melhores resultados. Para isso contam diversos fatores como, convocações para seleção, competições com maior expressão, nível da competição e aquelas que se adequam a esse crescimento progressivo esperado.

Para Henrique, devido ao grande número de competições que ele teria nesse primeiro semestre, foi decidido que ele daria 2 picos, no Multination na ilha de Chipre ( e foi o que aconteceu, abaixando quase todos os seus tempos e estabelecendo novos recordes) e outro pico para o Mundial Junior no México, que acontecerá no final do semestre. Entretanto ambos queriam nadar bem o Maria Lenk, pois este ainda serviria de seletiva para o Mundial do México, e Henrique teria que garantir suas vagas para carimbar seu passaporte.

 

Duas semanas antes de sua competição Henrique pegou uma infecção de garganta forte que o afastou das piscinas por uma semana, colocando em dúvida sua ida para o RJ. Mas Henrique tem um espírito muito competitivo, e não queria perder essas vagas de jeito algum. Quando finalmente melhorou um pouco, e decidiu viajar Henrique pegou uma outra forte virose, a qual ainda se estendeu até a metade do Campeonato no Rio. Acho que ele foi muito corajoso em mesmo com tantos problemas ir lá, e mesmo subindo alguns tempos ele fez indubitavelmente um ótimo campeonato. Garantiu todas as vagas que queria nadar no Mundial, abaixou seus tempos de 50m Borboleta e 200m borboleta e conseguiu pela primeira vez fazer duas finais “A” num campeonato brasileiro absoluto (Nas outras ocasiões ele fez uma final “A” os 100m borboleta, entrando nas outras provas na “B”).

 

Acho que tudo isso mostra que suas metas continuam firmes e seu foco no futuro maior ainda. Ainda afirmo que entrar numa competição forte, é muito importante para aqueles com espírito de campeão, tendo em vista que as derrotas os fazem crescer ainda mais, e aqui entre nós, ninguém gosta de perder! Gosta?

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